Viajar no tempo para revisitar aspectos artístico-culturais ligados à produção do período modernista do Brasil. Esse foi o objetivo da exposição Caravana Modernista, apresentada no CCBB-BH em dezembro de 2019. A ideia nasceu quando o idealizador da proposta, o jornalista  Rafa Alves, traçou uma linha do tempo a partir do momento em que soube que a CASACOR Minas seria realizada no Palácio das Mangabeiras. Durante a pesquisa, o curador encontrou uma antiga casa, mais precisamente do ano de 1941, na cidade de Cataguases, onde todo o projeto arquitetônico era assinado por Niemeyer e o paisagístico por Burle Marx. Um fato interessante é que a casa antecede ao Palácio das Mangabeiras, que começou a ser construído em 1955. Ao perceber essa diferença de 14 anos, o jornalista decidiu construir uma ligação entre as cidades de Belo Horizonte e Cataguases. O resultado dessa linha do tempo foi a Caravana Modernista.

O projeto reuniu uma série de materiais históricos importantes como os primeiros croquis do mestre Joaquim Tenreiro como projetista autoral de mobiliário brasileiro. “Tenreiro foi o responsável pelo mobiliário da casa em Cataguases. Foi lá que ele começou a desenvolver os seus móveis, que hoje são valorizados em todo o mundo”, destaca Rafa Alves. Registros das obras de Oscar Niemeyer, fotografias da residência com os herdeiros de Francisco Inácio Peixoto, que abriram as portas para a equipe da CASACOR Minas, assim como a primeira câmera utilizada pelo cineasta Humberto Mauro para filmar um filme no Brasil, que também aconteceu na cidade de Cataguases, estão nos registros da Caravana Modernista.

A exposição ainda apresentou uma série de trabalhos que possibilitaram uma maior compreensão acerca do período modernista no Brasil, e suas contribuições em Minas Gerais.

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